PANAPLÉIA

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Bem-vindo(a) ao Laboratório de Autoria de Panapléia! À esquerda das postagens, estão meus textos divididos em categorias e temas. À direita, indicações de blogs e as mídias sociais. No rodapé, mimos felinos e os créditos do blog. Boa leitura!

OS GALHOS DA ÁRVORE ERRADA

"Deixou o resto de mim no chão." Foto: Tallyta Paula.

"Deixou o resto de mim no chão.
Vai ver que a confusão
fui eu que fiz, fui eu.
Há algo errado no paraíso! 
É muito mais que contradição!"

Fui eu, Os Paralamas do Sucesso


Os galhos quebrados da árvore errada. Foto: Tallyta Paula.


Esse é o país do faz de conta: faz de conta que existe lei, faz de conta que existe moral, faz de conta que existe respeito, faz de conta que hierarquias e autoridades são respeitadas. Um país onde tudo é permitido, até aquilo que não convém. É o paraíso da libertinagem!

Hoje é feriado de Finados. Há quem chore, há quem sofra com ausências, há quem cumpra rituais e até visite túmulos. Há também quem comemore (abusivamente) o planeta ainda não ter virado fogueira. Há quem festeje o Furacão Sandy não ter chegado à terra do Padre Cícero. Há inclusive quem dê festinhas particulares nas calçadas das ruas residenciais.

“Abra suas asas, solte suas feras, caia na gandaia, entre nessa festa!”

Quem dera se os felizardos da Rua do Limoeiro fossem obrigados a ouvir as Frenéticas a tarde toda. Ou qualquer outro estilo musical, atual ou não, impregnado do mínimo de bom gosto. Mas o Tsunami musical fica entre a pior seleção do Sertanejo Analfabeto (os analfabetos que me perdoem a jocosidade) e as irreconhecíveis bandas de Forró Descartável. Irreconhecíveis porque, se o vocalista não gritar o nome da banda, é simplesmente impossível saber qual das potestades do inferno está proferindo aquele som, que é tudo, menos música.

Henilton Menezes, produtor musical e atual secretário da Sefic/MinC, em seus tempos de gerente dos Centros Culturais BNB, já dizia que os decibéis empregados são sempre inversamente proporcionais a qualidade da música exibida. De minha parte, ressalto que, ao nos referirmos a melodias de bate estaca acrescidas de letras que misturam nada com coisa nenhuma, deveríamos utilizar outro vocábulo que não fosse música. A Música (coitada...) se fosse pessoa física certamente já teria aberto um processo de calúnia e difamação contra muitos.

Fico me perguntando quem são os compositores de certos “sucessos” (recordando aqui o significado antigo da palavra quando ainda denotava “acidente ou tragédia”). Quando alunos alguma vez tiraram nota azul em Redação? Foram aprovados no Vestibular? No Enem? Conhecem um único livro de Literatura Erótica? Ou para compor pornografia basta ter aprendido a soletrar alguns palavrões?

Descubro que ensinar (Gramática, Literatura e Redação) é totalmente inútil quando reencontro um ex-aluno – que alcançava a média sem muito empenho – já adulto e com noção zero de liberdade. Impossibilitado, pela sua arrogância, de respeitar o o próximo. O direito do vizinho não ser obrigado a ter os portões e portas da casa estremecendo pelo seu som “maneiro”; o direito dos idosos continuarem residindo em seus imóveis (comprados há mais de 50 anos); o direito de a vizinhança arborizar a rua numa cidade que no mês de novembro as temperaturas médias são 37º C.

Hoje o meu vizinho e ex-aluno teve um surto de vandalismo porque pedimos que baixasse o som do seu carro. Visto que, ele e os outros amigos que bebiam na calçada, não tinham Alvará Judicial para funcionamento de bar. Minha sobrinha reclamou, eles aumentaram o volume. Minha mãe avisou que iria ligar para a Polícia, o rapaz respondeu com inúmeras grosserias. Achando pouco os desaforos contra uma senhora que poderia ser sua avó, ainda atacou nossa árvore que dá sombra para os automóveis da vizinhança – inclusive o carro da família dele. Das calçadas, os vizinhos assistiram a cena entre imóveis e amedrontados. O que faz moradores temerem um cidadão do bem?

(Saudades dos jovens apaixonados e apaixonantes que vemos em filmes como OS SONHADORES e ACROSS THE UNIVERSE. Aqueles que adoravam Beatles e acreditavam numa humanidade melhor.)

Telefonei para os proprietários do imóvel solicitando providências. Pois sim, o rapaz que bateu no peito “estou na minha casa” ainda não possui a parte que lhe cabe nesse latifúndio – como diria o nosso sábio João Cabral de Melo Neto. Os proprietários nos contaram que ligaram para a inquilina e a mesma respondeu que depois retornava a ligação, pois o som (do filho) estava muito alto e não era possível compreender nada ao telefone. Como diria dona Orestina a Ricardo Kelmer: isso é mesmo o fim do mundo!

Essa crônica, além de uma reflexão, é também um registro. Numa sociedade em que  um cidadão desafia a vizinhança com “Não existe Justiça nesse país! Podem chamar a Polícia pra mim!”, a escrita ainda tem uma força da mulesta e um blog ainda tem um alcance da muzenga (como se diz aqui no Ceará).

A provocação dele eu devolvo acompanhada das minhas inquietações. Onde foram parar os limites na sociedade brasileira? Qual o sentido de milhares de estudantes se formarem nos cursos de Direito? Qual a função das provas terríveis elaboradas pela FGV a fim de habilitar para OAB? No país, onde se compra quase tudo e quase todos, a Constituição só serve para juntar pó na estante?

Não chamei a Polícia para esse cidadão porque acredito numa lei implacável: a Lei do Retorno! Essa tem uma capacidade de ensino que supera todos os professores que já habitaram nosso sistema solar.

Meu irmão mais velho também era assim: não obedecia aos pais, professores ou patrões; desafiava os vizinhos; ameaçava todo mundo; não temia autoridades. O mundo era só dele, inteirinho dele, absolutamente dele. JC era simplesmente “O Outro Dono do Fim do Mundo” – como consta no título do livro de Jorge Pieiro. Na verdade, ele foi muito mais dono do “fim” do que do “mundo”. Nesse dia de Finados, rezo por João Carlos. Peço para que não esteja pagando folhinha a folhinha todos os galhos arrancados das árvores alheias. Meu irmão morreu em 2010 num acidente automobilístico em Fortaleza. Logo ele... o destemido, o imbatível, o valentão. Teve o crânio rachado. Em suas ousadias imbecis, provavelmente acreditava que os ouvidos serviam apenas para ouvir duplas sertanejas no volume máximo. Talvez nunca desconfiou que precisaria ter ouvido também o carro que se aproximava pela outra rua. 

Os galhos de uma árvore qualquer? Foto: Tallyta Paula.

| 2012 |

"A confusão fui eu que fiz? Fui eu?" Foto: Tallyta Paula.


17 comentários:

  1. Eu até acredito na lei do retorno, mas eu tinha chamado a polícia, tô nem ai!

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  2. Meu Deus que absurdo. E sabe o que é pior??? Numa situação dessas eu não saberia a quem recorrer??? Ao Ronda??? Aos Bombeiros??? A Defesa Civil???? A igreja??? A quem??? Enfim. Por isso que acabamos recorrendo a Deus mesmo...

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  3. Ela cada vez mais se garante, mais que um fã, um amigo. Bjos. Edenio camilo

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  4. Tenho inúmeros problemas com vizinhos em tais circunstâncias. E lá se vão 3 anos essa tal lei do retorno ainda não deu o ar da graça, a não se hoje mesmo que fiz por onde ela fazer valer. Liguei um pancadão aqui em casa e deixei o vizinho da frente, que no dia da eleição municipal não me deixou dormir, ficar olhando para mim sem nada poder fazer.
    Parabéns pelo seu texto, incrivelmente lúcido e de uma coerência impar.

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  5. Se a gente junta esperanças sabe-se lá de onde pra esperar, quem demoraria mais? O que vem de dentro - os valores, ou o que vem de fora - a justiça? Quem sabe, talvez, um pouco dos dois - o respeito!

    Lamentável!

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  6. Querida Paula, realmente a lei do retorno existe. Colhemos o que plantamos, isto é fato. Porém, acho que para vândalos e delinquentes a lei dos homens ainda serve, ou pelo menos serviria? O que sei é que pessoas como essas precisam é de amor e não de raiva, revolta, porque isso ele já tem de sobra. A lei do retorno para ele virá, mas da parte de você e de sua família não terá maior resposta e mais linda senão amar a ele a sua família. É difícil, mas é possível.

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  7. Anteontem (madrugada de ontem),já passava da meia-noite, quando ouvi um barulho de som na rua , fui dar uma olhada pela veneziana da porta(era um carro estacionado, aqui bem próximo, bebida no capô...um estava encostado em uma moto...outro cambaleando, o estilo musical escolhido pelo trio(forró). Eles passaram bem 1 hora...nos meses da política...era carro de som ligado aqui em frente. Não respeitam o sono, e as pessoas são obrigados a ouvir essas baboseiras de hoje...não são músicas...é um monte de palavras (nonsense).
    Agradeço em compartilhar o seu texto conosco!
    Um abraço, MARGLEICE.

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  8. TALVEZ EU TAMBEM NAO CHAMASSE A POLICIA. ELES NAO FARIAM MAIS DO QUE FOI FEITO POR VOCE: PEDIR PARA BAIXAR O SOM E NO MAXIMO AMEAÇAR DE APREENDER O SOM DO MOÇO. QUANDO VIRASSEM AS COSTAS E "BANDIDO" FARIA PIOR. É SEMPRE ASSIM E ELES JÁ SABEM, POR ISSO BATEM NO PEITO E GRITAM: PODE CHAMAR A "POLÍCIA!!! PACIENCIA, VIU!!! A LEI DO RETORNO TEM MAIS FORÇA. QUANDO CHEGA NAO QUER SABER DE DESCULPAS NEM DE SEGUNDA CHANCE. JÁ VEM COM ORDEM DE PRISAO! ACREDITO QUE PESSOAS DESSES TIPO COLHEM SUA LAVOURAS. BEIJO, AMIGA, FICA EM PAZ!
    JULLY.

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  9. Com o perdão da palavra.. isso é uma FELAPUTAGEM.
    Vizinho, ex-aluno... felaputista!

    Ainda bem que eu não tenho vizinhos, e que meu irmão agora tem um fone de ouvido. kkkkk EU COMPREI PRA ELE ESCUTAR OS FORRÓ E ESCULHAMBAÇÕES DELE.

    Brasil, qual o teu negócio? O nome do teu sócio? Vou falar com ele pra ver se dá um jeitinho nessa bagunça.
    Beijos despenteados, Tia Paula!

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  10. Certo dia, minha banda ensaiava na garagem daqui de casa. Por diversos fatores, calor e reverberação do som, que atrapalhavam o ensaio de portas fechadas, abrimos os portões e continuamos ensaiando. Com pouco tempo, a rua estava com muita gente. Seja curtindo o som que a gente emanava através da garagem, pela curiosidade de ver uma banda tocar num lugar tão incomum, enfim... Durante uns 20 minutos, a gente fez muita gente gostar do som e estávamos felizes com a experiência. De repente ouvimos uma sirene de polícia. Um dos dois policiais saltou do carro e de uma forma bem simpática perguntou quem era o responsável e pediu somente para baixar o som. Tendo em vista que em um ensaio baixar o som não é uma opção, decidimos parar de vez a cantoria. Fechamos as portas desligamos tudo, desmontamos e acabamos. No outro fim de semana, um carro para em frente da minha casa, abre o porta-malas e começa a reproduzir asneiras. Pela lógica da vizinhança era só esperar um pouco que a polícia baixava lá. Não foi desse jeito. O som enveredou a noite e se não fosse por uma ligação MINHA, aquilo não teria terminado. Só para esclarecer. Minha banda ensaiava em torno das 15:30 ~ 16:00, enquanto o som do carro começou às 18:00 até umas 22:30... E até então, nem minha banda ensaia mais na garagem, nem eles abusam no som até tarde.

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  11. É Paula... complicado. Inicialmente, a vontade que tenho não é de chamar a polícia não, é de dar umas porradas eu mesmo. Mas, passada a irritação, eu fico pensando qual é o argumento que poderia fazer esse cara entender o quão desagradável ele estava sendo, conseguindo, em seguida, piorar mais ainda. Ou ainda, será que existiria algum argumento para isso? Parece que estamos caminhando para uma situação em que o diálogo se torna cada vez mais ineficaz, em se tratando de problemas como este. É assustador.

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  12. Permita-me divulgar em minha RS. Sinto vergonha em teu nome. Como chamar esse indivíduo de gente? Que homem pré-histórico! Envergonha-me o fato de ser um nordestino. Esse pitboy é no mínimo um... um... aff. Paula, a crônica está perfeita não fosse a essência aí escrita! A OAB deveria era criar uma lei que fizesse respeitar todo e qualquer desejo daqueles com cãs. Afinal, a vida deles é um exemplo de sabedoria. Sinto, a raiva me é tomada e não sei escrever de forma a dar um depoimento de ojeriza. Quero mesmo é xingar...

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  13. também chamaria a polícia, mina flor.

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  14. COMENTÁRIOS QUE RECEBI PELO FACEBOOK:


    Paula Izabela, li e vou até reler depois. Acho que o que está escrito releva tantas coisas (mais do que uma lamentável crônica de maus costumes dos vizinhos). Compartilho com você sua indignação. Sei bem o que é esta falta de educação (agora mesmo ouço não sei de que vizinhanças o resultado destas bandas horríveis).. Enfim, me solidarizo contigo. Beijo!
    ANDRÉ RICARDO (JOÃO PESSOA - PB)


    Mais um daqueles casos "hora e lugar errados". Mas ai volto a questionar: Será que sempre o incomodado/atingido é que está errado? Errado não é o espaçoso? (que não entende nem muito menos respeita o espaço do outro) O agressor? (que prefere resolver seus problemas com violência). Enfim... Será que Errado não aquele que comete erros?! Fica o questionamento!
    CARINE RODRIGUES (JUAZEIRO - CE)


    Aqui no Crato não é diferente. Não sei nem pra que servem as leis se não é cumprida e ninguém é punido por isso. É triste, mas é verdade! Parabéns pelo texto Paula, saudades de vc, bjos.
    CRIS VITORINO (CRATO - CE)


    Ufa! amiga que dia heh.
    CRISTIANE RIBEIRO (JUAZEIRO - CE)


    Nossa que absurdo!! Mas é horrível a sensação de impunidade! =/ @paulaizabela me fez pensar como o mundo seria lindo se os bairros fossem separado por gosto musical!
    JOÃO HERIBERTO (JUAZEIRO - CE)


    Continue com essa inquietação.
    GISELE QUIXAMBEIRA (SOUSA - PB)


    Vc fechou viu, mas é assim mesmo. Não podemos ficar calados NUNCA!!!
    DANIEL TEIXEIRA (JUAZEIRO - CE)


    Que loucura!! É triste, triste você saber que não tem muito a quem recorrer e que parece que sempre vai ser assim, "que a corda sempre irá se arrebentar para o lado mais fraco". Que no máximo teremos que contar com uma providência divina, então realmente Paula Izabela, pra quê e por que as leis? Fico muito chateada por esse caso e por tantos outros "fracos" que sofrem sempre com esse tipo de "gente". :(
    RAQUEL MORAIS (JUAZEIRO - CE)


    Um vândalo numa sociedade que não pode defender o direito de ser quieto e respeitar os outros. Quem ganha? Ninguém. Que perde? Todos.
    MOLLY BLOOM (ESTADOS UNIDOS)

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  15. Queridos, perdoem o desabafo!

    Mas uma das funções e/ou utilidades desse blog é denunciar. Por isso do lado esquerdo vocês encontram a categoria PROVOCAÇÕES E ACHISMOS.
    Grata a todos pela leitura e pelo feedback!
    Vamos torcer (e lutar) para que situações assim aconteçam cada dia menos!

    Beijos despenteados!

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  16. Sabe Paula na semana passada eu e meu companheiro estivemos em situação semelhante. Os vizinhos começaram o "caia na gandaia" por volta das 18 hs e já se passavam das 22 hs e nada de baixar o som. já tinhamos ligado p SEMMA, p AMA e todas as fiscalizadoras de decibéis possíveis, imagináveis e localizáveis e NADA! Por quê? Porque o nosso amigo vizinho é da polícia!! É isso mesmo se a própria polícia faz isso, quem dirá os demais?!!! Então que Brasil é esse que todo mundo pode tudo e niguem respeita o direito de ninguem e tá td de qq jeito. Eu tenho tres bebês, horário deles estarem dormindo e eu também e lá estávamos nós a procurar telefones de alguém que se interessasse por nossa causa.

    Ainda há pouco cheguei do centro da cidade fui na praça cívica (sugestivo nome, não?). Pois é dei tres voltas pelo anel externo e duas pelo interno até encontrar um cidadão que me cedeu gentilmente sua vaga para que eu pudesse estacionar por ver que estava com duas criancas dentro do carro. Mas antes disso em umas das voltas, estacionei atrás de um carro e fui abordada por um policial que pediu q eu retirasse o carro pq não podia estacionar naquele lugar. Até aí tudo bem, atendi o sr policial e dei mais uma volta. E eis que nessa havia um carro preto td de vidro escuro e um engravatado saindo de lá de dentro e estacionado em fila dupla. Desceu cumprimentou o guarda e foi para um dos prédios do centro administrativo da capital Goiana. Quem sabe néh, se eu estivesse usando uma roupa bacana, num carrão ele teria arrumado uma vaga p mim....

    E por aí vai.... viver as vezes despenteia, descabela, desnorteia... Mas continuamos aqui, porque Deus é mais e é por nós!!

    Abraços,

    Graziene Moreira
    Goiânia/Goiás

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